Registro de Marca: Indenização pelo uso indevido de marca exclusiva não exige prova de prejuízo – STJ

Registro de Marca: Indenização pelo uso indevido de marca exclusiva não exige prova de prejuízo – STJ

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Volume 2 Nº 2 (2018) REGEM abr 2018

ISSN 2763-8022 (International Standard Serial Number)


REGISTRO DE MARCA: GARANTA A PROPRIEDADE DAQUILO QUE É SEU! PEQUENA, MÉDIA, GRANDE EMPRESA OU AINDA SEU PEQUENO NEGÓCIO!

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou decisão que impede um centro odontológico de utilizar a mesma sigla de um instituto de oncologia que possui o registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O centro odontológico, que também foi condenado a pagar indenização por danos morais e materiais, argumentou que o instituto de oncologia não comprovou os prejuízos supostamente sofridos pelo uso da mesma marca e sustentou que a sigla não gera confusão entre os clientes.

A relatora do recurso no STJ, ministra Nancy Andrighi, no entanto, ressaltou que, quando se trata de direito de uso exclusivo de marca, a Terceira Turma tem entendido que o titular do direito não precisa necessariamente demonstrar os prejuízos sofridos para obter a reparação. “A Lei 9.279/96 não exige, para fins indenizatórios, comprovação dos prejuízos sofridos ou do dolo do agente”, explicou.

O que você irá ler nesse artigo:

Exclusividade

O juízo de primeiro grau entendeu que não haveria violação de direito na utilização conjunta da sigla para identificação dos serviços, pois as empresas desempenham atividades distintas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), por sua vez, considerou que as empresas atuam em áreas com similaridade, ambas no campo das ciências médicas. Para o TJSP, mesmo que o produto ou serviço não fosse semelhante e não houvesse a possibilidade de confusão entre o público consumidor, o instituto de oncologia tem a exclusividade do uso da marca por conta do registro no INPI.

A ministra Nancy Andrighi destacou que o artigo 129 da Lei 9.279/96 assegura o direito de exclusividade em todo o território nacional, sendo vedado o uso da marca por terceiros sem autorização prévia de seu detentor.

“Assim sendo, tendo as empresas semelhante objeto social, o uso da mesma marca pode provocar confusão nas mentes dos consumidores. A confusão provocada pode causar danos à reputação de ambas as partes e nos seus respectivos negócios”, concluiu a relatora.

Citação a CARVALHO, Saulo Henrique.

Professor Saulo Carvalho é Consultor de empresas com atuações no Brasil e América Latina. Mestrado em Gestão e pós-graduado em comunicação e marketing. Ministra disciplinas de Administração, Marketing e Planejamento Estratégico aos cursos superiores de Administração, Marketing e Engenharia do centro universitário ETEP. Lattes CNPq:http://lattes.cnpq.br/4888421957045803

Referência:
 http://www.stj.jus.br/portal/site/STJ

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